você não merece uma nesga da minha pele que aparece.
você não é sonho, não é príncipe, nem mesmo sapo.
você andou quilômetros pra me alcançar, e eu parei.
você não veio pra me alcançar, queria era me atropelar.
e eu chorei.
com os olhos ardidos, feridos, inchados, eu me olhei.
e prometi, ai de mim, nunca mais chorar assim.
porque eu cresci com a vida, eu aprendi a andar sozinha, eu caminho por onde eu quero. eu sonho, eu destruo, eu crio, eu arraso. aprendi isso com a vida. aprendi que a vida nada e nadando se rasga ela. com força, com coragem de olhá-la e não temer ver que não há nada além.
arriscar um passo a mais, ora pois, o abismo é inevitável a qualquer hora.
arriscar um passo a mais, ora pois, o abismo é inevitável a qualquer hora.
se não tem cor, coloro. se tem, anoiteço. se tem aí, vou. se não tem, vôo também.
e você, um rato, vai ficar com o cotovelo sobre a mesa, cara murcha, olhar vago, vendo a saia da mulata, seguindo o rabo da arraia, inspirando ar pro oco, até quando.
até quando vai pensar que cantando seja metido mentindo pensa. (estou alhures, adeus).
até quando vai pensar que cantando seja metido mentindo pensa. (estou alhures, adeus).
até quando você vai.
Um comentário:
chute no balde.
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